Disposta a por todo mundo para se remexer e aberta a novas (e boas) experimentações sonoras, Tulipa Ruiz lançou, nesta terça-feira (5), o disco “Dancê”, terceiro trabalho de estúdio que marca uma nova fase na carreira da artista. Com 11 faixas inéditas, todas autorais, o álbum reforça o amadurecimento de Tulipa, que não tem medo de ousar e fugir dos padrões.
“Dancê” surge como o disco mais experimental da discografia da paulistana e, talvez por isso, o mais brasileiro. No novo trabalho, Tulipa Ruiz passeia pela tropicália quando traz à tona inovações sonoras e estéticas em sua música, além de deixar evidente sua influência na clássica MPB, a exemplo de “Tafetá”, canção que relembra a sofisticação cadenciada da Bossa Nova.
Com produção de Gustavo Ruiz, irmão de Tulipa, o disco traz as boas energias de uma grande festa desde a primeira faixa, “Prumo”. A artista acertou em cheio na sonoridade dançante, repleta de metais e suingue, e resumiu muito bem o trabalho ao afirmar que esse é “um disco para ouvir com o corpo”.
Além de “Proporcional”, faixa que fala sobre o moldes do amor, Ruiz ainda apresenta “Físico”, música que obedece à mesma linha de raciocínio, cantando relações sem preconceitos ou apego a padrões estéticos. “Expirou” é marcada por uma sonoridade mais regionalista, com ares de tropicália e uma letra de mensagem forte, sobre a saudade do que nunca foi vivenciado.
Outro destaque é “Oldboy”, música mais introspectiva do disco no melhor estilo “baladinha para se curtir a dois”. A parceria com o músico Felipe Cordeiro em “Virou” também é uma das grandes surpresas de “Dancê”, além de “Algo Maior”, faixa que encerra o álbum com uma fusão bem concebida de sons, texturas e otimismo.
Ouça "Dancê" pelo Rdio ou no site oficial da cantora
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