Domingo sempre me lembra fim, sempre me traz nostalgia e sempre me dá a impressão de que o coração fica menor do que o peito. Quando ouvi Rubel pela primeira vez, me senti assim: "domingo". Com um violão na mão e letras que narram vivências sentimentais, o artista imprime uma sinceridade crua em cada uma das 7 faixas de "Pearl" e deixa tudo mais sentimental do que a gente espera.
O álbum foi fruto de uma viagem aos Estados Unidos, onde ficou em uma residência chamada Pearl com pessoas de diferentes lugares do mundo. Talvez sejam essas trocas afetivas e culturais que façam com que o disco soe tão verdadeiro e simples. Além das composições, que misturam o que foi com o que virá, a sonoridade folk contribui na construção dessa melancolia charmosa presente no disco.
Não sei se a gente se encanta mais pelo homem apaixonado de "Quando Bate Aquela Saudade" ou pelo pai zeloso de "Ben" - as duas faixas de destaque de "Pearl". Vale ficar de olho na letra de "Quadro Verde" também.
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